A Anatomia é uma ciência que observa a estrutura do corpo humano, e que vem sendo estudada desde a pré-história, devido à necessidade do homem em deter o conhecimento da mesma para a sua sobrevivência.
O conhecimento da estrutura e o entendimento do funcionamento da máquina humana só fora possibilitado após a aplicação do método da dissecação dos corpos humanos, visto que até então esses estudos eram baseados apenas nos animais. Com a evolução da anatomia, ainda foi possível desenvolver métodos para tratamento de inúmeras doenças e ajudou em muito na compreensão de todos os sistemas.
Baseado nisso, temos a Anatomia como disciplina básica e fundamental na formação de profissionais da área da saúde, sendo aplicadas nos primeiros anos de faculdade. Convenhamos que não há como avançar nesses estudos sem antes conhecer muito bem a anatomia do corpo humano.
Para a difusão do ensino da Anatomia muito se faz necessário a utilização de corpos de pessoas que faleceram, método comumente utilizado por muitas instituições de ensino e pesquisa. Estes corpos são de pessoas que são consideradas “indigentes”, ou seja, que muitas vezes não apresentam nenhum tipo de identificação e muitas vezes não são procurados por amigos e nem familiares, a Lei Nº 8.501, sancionada em 30 de novembro de 1992, dispõe sobre as “regras” de utilização do cadáver não reclamado, para fins de estudos ou pesquisa científica e dá outras providências.
Com o passar dos anos e com o progressivo crescimento educacional, conseqüência positiva da gestão presidencial que perdurou por oito anos passados e se estende no atual mandato presidencial, é perceptível as dificuldades encontradas por instituições de ensino superior no que se refere a carência de números de corpos não reclamados e ao estado de conservação de peças anatômicas que já estão em uso a favor do desenvolvimento científico, a longos anos. E que contribui significadamente para o ensino dos Informatas Biomédicos, Médicos, Biomédicos, Fisioterapeutas, Dentistas e todos os outros profissionais que fazem parte da área da saúde.
Com o avanço da Informática Biomédica paralela ao progresso da indústria, é encontrado diversos programas computacionais e também modelos anatômicos que procuram reproduzir com fidedignidade as peças anatômicas reais, que são também bons métodos para o ensino da Anatomia. Mas infelizmente a reprodução não confere 100% a realidade e o que causa uma inquietante indagação: Você prefere ser operado por um cirurgião que aprendeu anatomia num boneco de plástico ou num corpo humano de verdade?
A solução encontrada por outros países foi o estímulo para a doação de corpos. Devido à doação, as instituições de ensino adquirem a quantidade necessária de corpos, mantendo a qualidade do ensino da Anatomia e por consequência formar profissionais qualificados.
A doação de corpos ainda vai além, ela permitirá aos médicos o desenvolvimento de novos procedimentos cirúrgicos mais eficientes e menos agressivos. Além disso, permite, aos médicos residentes, o treinamento dos mais diversos procedimentos médicos, fundamentais para os especialistas.
Ao doar o seu corpo, você estará contribuindo para a melhoria da qualidade dos profissionais e para o progresso da área da Saúde. As próximas gerações agradecem.
